Meu

Eu sei que é meio clichê essas coisas de escrever nesse fim/começo de ano coisas sobre o passado/futuro. Mas é que nessa época dá muita vontade de falar disso. Parece que se está escrito é porque é fato. Pois é, nunca abandonamos os velhos hábitos de escrever as coisas e atestar a sua autoria, apesar de que aqui, eu escrevo num ciberespaço, que funciona através de linhas de códigos e linguagem HTML.
Sim, eu sei que está confuso, e peço que me perdoem. O texto que vocês estão lendo não pode ser classificado como crônica, dissertação, narração ou coisa similar. É apenas uma sucessão de idéias, uma expressão do pensamento. Não pensem que eu estou me justificando, não, não é isso. É só uma introdução.
Pra começar vou falar de 2008, do meu 2008. É porque pelo terceiro ano morando aqui nessa cidade sozinho, já consigo falar que as coisas são minhas e só minhas. Não, eu não abandonei a mesada dos meus pais (apesar de que devia), e não eu não moro efetivamente sozinho e nem dirijo meu próprio carro. Só que o que eu conquistei de lá pra cá, foram por meu arbítrio, por minha escolha. Não que eu fosse imposto a alguma coisa quando eu morava com meus pais, mas é que tudo o que eu conseguia era produto do meio que eles me inseriam: o meu colégio particular, as festas dos amigos deles (cujos filhos vieram a se tornar meus amigos), as reuniões de família... Agora aqui não. Eu vou onde eu quero, com quem eu quero e onde eu quero (que frase clichê de adolescente rebelde!).
O meu 2008 foi tudo isso pra mim. Eu acho que cai na real, e construi meu ano. Eu conheci gente nova, (MUITA gente nova), conheci muitas baladas, (MUITAS baladas), firmei GRANDES parcerias, (as mais firmes da minha vida eu posso dizer), bebi, chorei, dancei, sorri, me estressei (e como me estressei). Em 2008 eu pensei em largar a faculdade e fazer medicina (não pensem que eu desisti), ou quem sabe vender coco na Bahia só pra desestressar. Em 2008 eu viajei e odiei, apesar de falar pros meus pais que estava adorando. Em 2008 eu pensei em virar vegetariano, só pra deixar algumas pessoas felizes. Em 2008, eu sofri com a crise americana, porque ela me atingiu aqui no Brasil. Em 2008 eu morri de rir com tanta trapalhada que meus amigos fizeram. Em 2008 eu fiquei com vontade de voltar pra sempre pra Santo Anastácio e ficar lá, abandonar tudo, e ficar lá, na boa, sem preocupações.
Mas daí foi acabando o ano. E eu comecei a olhar pra traz. O que eu me lembrava de 2008? Tudo de ruim que tinha acontecido no ano eu tinha apagado. E o que me sobrou? As coisas boas me sobraram, os momentos bons! Foi ai que eu vi que 2008 foi um ano do caralho (como diria o Pier). Eu venci mais um e eu tava quase acabando definitivamente com ele.
E 2009 chegou. Ah! E chegou em grande estilo. Eu falo isso porque a primeira semana valeu por muitas. E o que eu espero pra esse ano?
Eu espero mais gente nova, eu espero mais baladas, eu espero mais parcerias, eu espero mais estresse, mais bohemia, mais sorrisos...Eu espero que a faculdade fique mais legal, que eu arranje um estágio na Kraft, que eu consiga voltar pro francês, que eu consiga fazer muitas matérias de medicina, que eu ande bastante de cavalo, que não me falte dinheiro, que eu não fique sem mulheres na minha vida, que eu vá em muitos jogos do Coxa e do Corinthians, que a gente faça muito churrasco, que a gente comemore mesmo sem motivos pra comemorar, que venham muitas tardes de tereré, que eu vá bastante ao cinema, que eu veja neve...
Eu espero fazer um brinde, com cada um de vocês. Não precisa ser com um Chandon numa taça de cristal lá no Caffe de La Musique, pode ser com uma cerveja no Kaes, uma tequila na Woods,um whisky no Yankee, ou quem sabe um brinde aqui e agora, com você lendo esse texto.
Um brinde ao melhor ano da minha vida. Ou melhor, um brinde ao melhor ano de NOSSAS vidas!
Droga, eu não fujo dos clichês né?